GUERRA SILENCIOSA
DE COMO A
NOITE FECHOU-SE DANDO BOM DIA PARA OS DEFUNTOS
No processo
de pesquisa para construção do espetáculo de finalização da trajetória de
estudos de formação de atores na cidade de Santo André, a Formação 15 (F15) da
Escola Livre de Teatro escolheu mergulhar na ‘transcriação’ de obras literárias
ligadas ao Realismo Fantástico sul-americano para a cena teatral.
GUERRA
SILENCIOSA - DE COMO A NOITE FECHOU-SE DANDO
BOM DIA PARA OS DEFUNTOS é um
espetáculo livremente inspirado na Pentalogia homônima de Manoel Scorza, sobre
as lutas campesinas dos povos originários dos Andes contra as mineradoras
apoiadas pelo governo peruano e pelo capital internacional.
Deste modo, após a escolha do
escritor peruano Manuel Scorza e de sua Pentalogia sobre a Guerra Silenciosa
(composta pelos 5 romances “Bom Dia para os Defuntos”, “Garabombo, o
Invisível”, “O Cavaleiro Insone”, “O Cantar de Agapito Robles” e “A Tumba do
Relâmpago” – inéditas no teatro brasileiro), uma necessidade se impôs: conhecer
a América e investigar in loco quais
são os aspectos antropológicos e culturais que devem ser considerados decisivos
para que as formas do Realismo Mágico tenham sido gestadas, especialmente no
caso de autores ligados à ancestralidade andina.
Como uma das etapas fundamentais para
esta investigação, uma viagem coletiva pela Cordilheira dos Andes foi
planejada. Saindo de Corumbá pelo “trem da morte”, cruzando a Bolívia, passando
por Santa Cruz de La Sierra e por La Paz (já em plena altitude, nas
proximidades das ruínas dos templos tihuanaco), atravessando a fronteira à
beira do Lago Titicaca, onde a civilização inca teria nascido nas Ilhas do Sol
e da Lua, para caminhar através de Puno e Cuzco até chegar à cidade peruana de
Cerro de Pasco e os “pueblos” de Yanahuanca e Rancas – locais onde se passaram
os massacres de populações indígenas e mestiças que são o tema central dos
escritos de Scorza.
Após a rica e transformadora experiência
da viagem, os atores regressaram à leitura, ao trabalho e à sala de ensaio. Não se trata apenas de montar
uma cena que represente a diferença cultural como tema, o que se procura é
construir um olhar para o modo como as formas resultam de uma experiência
concreta. Como artistas em processo que são / estão, não têm respostas, mas se
depararam com algumas perguntas: o que, neste povo e nesta paisagem, fez
originar a literatura mágico-fantástica? Como tal imaginário pode definir as
formas da cena? Como se apropriar daquilo que dá sentido a esta percepção
poética? Como traduzir em cena não somente o referido massacre, mas também as
pequenas guerras travadas no cotidiano das variadas instâncias do poder, dos
diálogos que não acontecem, de gritos que não são escutados, das guerras
silenciosas?
ORIENTAÇÃO:
Cuca Bolaffi, Fabrício Zavanella e Alexandre Dal Farra.
ELENCO: Bruna Da Matta, Diego Inácio, Fernando Lufer, Juliano Fuda
Padilla, Leonardo Carvalho, Monique Maritan e Thaís Nogueira.
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SERVIÇO:
GUERRA SILENCIOSA - DE COMO A NOITE FECHOU-SE DANDO BOM DIA PARA OS DEFUNTOS
GUERRA SILENCIOSA - DE COMO A NOITE FECHOU-SE DANDO BOM DIA PARA OS DEFUNTOS
de 08 de
novembro a 14 de dezembro de 2014
Sábados e domingos | 20h30
Duração: 60 minutos
Lotação: 45 lugares
Entrada Gratuita - Retirar convite com 01 hora de antecedência.
Sábados e domingos | 20h30
Duração: 60 minutos
Lotação: 45 lugares
Entrada Gratuita - Retirar convite com 01 hora de antecedência.
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