Veja abaixo. Para alguns Núcleos, o resultado sairá apenas após o Carnaval. No dia 06 de março, no início do ano letivo, aula aberta com o filósofo Luiz Fuganti. Todos estão convidados.
NÚCLEO DE DIREÇÃO TEATRAL (novos aprendizes que se juntarão aos antigos - veja em quais cenas, abaixo)
Gabriel Weng Maravalli
Roberta Nazaré Bechara Ventura - R
Cena: Aniuta
Direção: Alfredo Nora Neto - R
Rafael Raposo de Carvalho
Tertulina Alves de Lima
Cena: Bilhete Premiado
Direção: Iarlei Rangel - R
Thábata E. Dias Ottoni
Paula Carolina Carvalho da Selva Drumond
Cena: A Corista
Direção: Alexandre Santo - R
Assistente de direção: Marcelo Sales de Araújo - R
Emerson Gerssiano - R
Guilherme Moraes dos Santos - R
Cena: O Vingador
Direção: Marco Antônio Ponce - R
Assistência de direção: Leonardo de Oliveira L. Arasiro - R
Miriam Juliana T. Gagliardi
Renan Rodolfo Barbosa Rovida
Cena: Pamonha
Direção: Daniela Ramos - R
Carla Cristina dos Santos Antonio
Mauro Gentil Mineiro
Cena: O Orador
Direção: José Eduardo Domingues - R
Assistência de direção: Carlos Cosmai - R
José Eduardo Domingues - R
Alexandre Santo - R
Cena: A Aposta
Direção: Christian Amendola Moleiro – R
Este Núcleo terá início em 14 de março, às 14h
NÚCLEO DE TEATRO DE RUA (novos aprendizes que se juntarão aos antigos)
Adriana Gaeta Braga
Ciléia da Silva Biaggioli – R
Daniela Caielli Penteado -R
Daniela Evelise – R
Dayanne Luz das Neves
Eduardo Gusmão Valerio
Francóis Moretti dos Santos
Gislaine Perdão – R
Jill Castilho Silva Gomes - R
Julio Cesar Oliveira Costa
Kenan da Silva Bernardes – R
Laura Fajngold Costa - R
Leandro Tadeu Sousa do Rosário
Maria Cecilia Mansur Oliveira - R
Roberta Cristina Ninin
Tábata Makowski
Talita Cabral Costa
Tatiana Heide Calvoso
Thais Navas Marques Luiz – R
Este Núcleo terá início em 09 de março, às 14h
NÚCLEO DE TEATRO-LABORATÓRIO - Iniciação teatral
(Os aprovados deverão comparecer à ELT para efetuar matrícula, no dia 06 de março de 2006, às 18h. Neste mesmo dia, todos participarão da aula inaugural da ELT. Na quinta, 09/03, todos deverão comparecer ao Fórum ELT, em horário de aula – das 18h30 às 22h30. Na sexta-feira, 10/03, haverá atividade de recepção de novos aprendizes: os integrantes do Teatro-Laborátório estão convidados.)
Amanda Rodrigues – 032
Anderson Alves de Moura – 039
Bruno Henrique Pereira da Silva – 019
Camila Rodrigues de Souza – 007
Camila Uchoa da Silva – 077
Carolina Marcello Bulgarelli – 075
Christiane Okazaki – 054
Daniel da Silva Calazans – 083
Daniela Rocha Leite Setti – 063
Edson Pedroso dos Santos – 026
Evelyn Cristine Souza dos Santos – 028
Everton Granado Sgarabotto – 016
João Cesar de Sá Dantas – 042
Jônatas Marques Nascimento – 045
Julian Melo da Silva – 071
Kéroly Gritti Fontalva – 033
Larissa Passos Nogueira – 079
Leandro Lopes dos Santos – 027
Letícia Elisa Lourenço Leal Amoroso – 006
Maiara Barreto de Miglio – 030
Marcelo Molina Gomes de Souza – 062
Marina Bombachini Gonçalves – 040
Marlene de Lima Franco Domingues – 081
Mayara Pacces Vicente – 067
Mayrê Bianca da Silva Oliveira – 003
Patrícia Tavares dos Santos – 052
Rafaela Pedrozo Barbosa – 082
Raquel Moura Simas – 056
Renato Silva de Sousa – 031
Samara Alcamand dos Santos – 004
Thaís Motta Vasales – 055
Thiago Nascimento Pereira – 001
Viviani Martins Gonçalves – 025
____________________________________________
NÚCLEO DE FORMAÇÃO DO ATOR
(Os aprovados devem comparecer na ELT no dia 24/02, para preenchimento de matrícula. As aulas têm início em 06/03/2006, às 18h30.)
Attilio Possar da Silva – 170
Audrey Manfredini Bessa – 039
Carlos Cosmai Marciano – 005
Carolina de Souza Mesquita – 197
Carolina Nagayoshi Nogueira – 021
Caroline Akemi Mitsueda – 069
Cleide Mariano da Silva – 121
Daniela Alessandra Martins C. Polla – 109
Danielle de Siqueira Vasconcelos – 168
Fábio de Sousa Siqueira – 153
Ivan Ruy Jallageas Junior – 046
Jefferson Matias Orsalino – 042
Karina Elaine de Moraes – 124
Kenan da Silva Bernardes – 002
Larissa Esther Minghin Antunes – 155
Leandro Evangelista da Silva – 166
Marcio Carli – 003
Maria Cecília Mansur Oliveira – 085
Maria Cordélia de Souza L. Galasso – 026
Milton Florentino da Silva Filho – 048
Nádia Lúcia Bittencourt Rocha – 182
Ricardo Lopes Correia – 097
Ricardo Teles de Paiva Teixeira – 010
Sofia Botelho de Almeida – 061
Thaís Leite Dias – 045
Thaís Navas Marques Luiz – 083
Thiago Nascimento – 051
Valéria Rocha Cirilo – 096
Vanessa Villani – 028
Wagner Figueira Marzolla – 112
____________________________________________
NÚCLEO DE ESTUDOS DO TEATRO CONTEMPORÂNEO – Teoria e Prática da Dramaturgia
Alessandra Cifali – 003
Anderson de Almeida – 016
Andrea de Souza – 008
Cristina dos Santos Silva – 013
Daniela Baroni de Rezende – 004
Eduardo Pereira Mafalda – 005
Emerson Alcalde de Jesus - R
Janne Claudia B. Cordeiro – 007
Judson Forlan Cabral – R
Mônica Roberta Antônio – R
Plínio Augusto Soares – 002
Renata Nunes Tavares – 009
Tadeu Renato Botta Ribeiro – 006
Talita Araújo de Jesus – R
Virgílio Gonçalves da Costa – 017
(Este Núcleo terá início em 06 de março, às 16h.)
____________________________________________
NÚCLEO DE INTERPRETAÇÃO
Adriano dos Santos Mota – 005
Andrea Pereira Silveira – 014
Cinira da Silva Augusto – 019
Daniela Mustafci – 012
Edson Costa Nunes – 027
Fernando de Oliveira Vicente – 030
Hilara Ballestero Machado Crestane – 008
Izabelle Barbosa Lima – 024
Janne Cláudia B. Cordeiro – 020
Jefferson Matias Orsalino – 010
Lais Assunção de Almeida Leite – 029
Maira Cristina Lopes – 017
Maria Diva Mendonça Dutra – 023
Natalie Maria Pascoal – 021
Rodrigo Pavon – 022
Tainá Francis Soares de Souza – 001
Thaís Leite Dias – 002
Vânia Aparecida de Lima – 009
(Este Núcleo terá início em 06 de março, às 14h.)
____________________________________________
NÚCLEO DE NARRATIVAS DE PASSAGEM (novos aprendizes que se juntarão às pesquisas dos antigos criadores de narrativas)
Carlos Eduardo Conceição – 012
Danielle de Oliveira Bargas – 021
Edila Rodrigues – 008
Edward B. Carvalho – 014
Eliana do Carmo S. Ferrari – 008
Gislaine Aparecida O. S. Sousa – 010
Leila Maria M. O. Rocha – 011
Luiz Antônio Tavares – 005
Maria da Graça Almeida – 008
Marina Tranjan – 007
Mario Augusto Matierllo Simões - 020
Romeu Batista Lopes – 004
Stefanie Maria Pascoal – 009
(Este Núcleo terá início em 15 de março, às 14h)
____________________________________________
NÚCLEO DE HISTÓRIA DO TEATRO
Adenilson Padovan – 023
Aline Dias Camoles – 021
Aline Moreno Gomes – 012
Carolina Nagayoshi Nogueira – 015
Cláudia Gobet Toller – 002
Dayanne Luz das Neves – 008
Débora Simões Macedo Lobo – 013
Dirce Thomaz dos Santos – 003
Dirceu Brambilla Junior – 014
Fernanda Henrique de Souza – 027
Giselle Cristiane de Oliveira Ribeiro – 010
Juliana Osmondes Travassos – 020
Leandro Lopes dos Santos – 005
Leonardo Laender Rodrigues de Oliveira - 029
Maira Cristina Lopes – 009
Michele Carolina Silva – 019
Patrícia da Silva Teixeira – 004
Patrícia Vieira Campos – 017
Queila Cristiane de Lima Rodrigues – 025
Raquel do Nascimento Serradas – 011
Tainá Francis Soares de Souza – 024
Viviani Renata Anze – 018
(Este Núcleo terá início em 06 de março, às 14h.)
____________________________________________
NÚCLEO DE PEDAGOGIA TEATRAL (novos aprendizes que se juntarão aos antigos e aos orientadores de Centros Comunitários)
Alexandre Santos Souza (estágio F8 Cuca Bolaffi) - R
Cileia da Silva Biaggioli (estágio F10 – Thiago Antunes) - 006
Eder do Carmo Lopes (estágio Teatro de rua – Ana Roxo) - 008
Eduardo Aparecido de Souza (estágio F9 – Juliana Monteiro) - 005
Edward B. de Carvalho (estágio F10 – Antônio Rogério Toscano) - 007
Eurico de Marcos Jardim (estágio Dramaturgia – Kil Abreu) - 010
Isabela C. T. Saraiva (estágio Narrativas de Passagem – Abreu/ Luciene/ Verônica) - 003
Janne C. Barros Cordeiro (estágio Experimentação Corporal – Juliana Monteiro) - R
Juliana Osmondes Travassos (estágio F8 – Georgette Fadel) - 009
Leonardo R. Mussi de Souza (estágio F9 – Denise Weinberg) - 002
Luis Gustavo Jah Jah Pereira (estágio F8 – Newton Moreno) - 011
Marcio de Castro – orientação Teatro Laboratório - R
Marcio Rui Padoim (estágio F9 – Marcelo Milan) - 004
Michelle Navarro – orientação Teatro Laboratório - R
Roger Muniz (estágio F8 – Georgette Fadel) - R
Tiago Rodrigues C. Moura (estágio F8 – Cuca Bolaffi) - 012
(Este Núcleo terá início em 08 de março, às 18h30.)
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NÚCLEO DE EXPERIMENTAÇÃO CORPORAL (Novos aprendizes que se juntarão aos antigos.)
Christian Amendola Moleiro - R
Daniela Giampietro - 011
Danilo Dilettoso - 013
Dirceu Brambilla Júnior - 024
Edward Carvalho - 026
Jayme Aurélio Andreotti - R
Josafá Alves de Oliveira Filho - R
José Eduardo Domingues - R
Karina Elaine Moraes - R
Leonardo R. Mussi de Souza - R
Luciene Magda Ribeiro - 010
Mafalda P. Oliveira - 020
Mariza Junqueira - 018
Martinha Soares Ferreira - R
Melissa Aguiar - 025
Neimar Bonifácio - R
Rosana da Silva Araújo Santos - R
Rosana Ribeiro 027
Samuel Vital e Silva - R
Talita de Jesus – 030
Taynã Rosana de Azevedo - R
Thelma Franco - R
Vânia dos Santos Silva - R
Welton Santos Sousa - R
(Este Núcleo terá início em 09 de março, às 15h.)
terça-feira, fevereiro 14, 2006
quinta-feira, fevereiro 02, 2006
Cálice, cavalo. Fogo e menino
Rubens Corrêa em: Artaud
De Rubens Corrêa
Ensinamentos, conselhos, recomendações para atores
Fui convidado para conversar com vocês* sobre o ator
Sei que muitos aqui jamais representaram, e outros deram apenas os primeiros passos neste caminho labiríntico que é o mundo da interpretação.
É uma tarefa que exige de mim sensibilidade e coragem; acho uma grande responsabilidade falar aos jovens, e é com muita emoção e prazer que passo adiante as humildes sementes do meu trabalho artístico, com a esperança de que alguma utilidade possa ser encontrada nelas e que de alguma maneira elas possam lhes tornar a caminhada menos solitária e mais solidária, na medida em que esta receita muito pessoal provoque dúvidas e reconsiderações, ou toque o sagrado dentro de cada um de vocês, ou reacenda aquela esperança cega que Prometeu garantiu ser a conquista mais urgente para a sobrevivência do homem neste planeta.
O grande poeta e dramaturgo alemão Büchner escreveu numa cena de sua peça Woyseck:Cada ser humano é um abismo e a gente tem vertigens quando se debruça sobre um deles.Acho que nós atores somos duplamente esse abismo-espelho: como seres humanos e como artistas.Nossa missão é provocar vertigem e o revisionamento do abismo dentro de cada espectador, para que depois de cada mergulho em nossos personagens-propostas essas pessoas pensem, se emocionem, compreendam e amem com nova e maior intensidade.
Eu, Rubens Corrêa, ator e artista de teatro, vinte e oito anos de profissão, e séculos e mais séculos de um longo período não sei onde, ofereço a vocês com apaixonada humildade o meu aprendizado nesta caminhada em cima das brasas sem se queimar que é a condição necessária para poder representar e viver com algum significado neste nosso bizarro país sul-americano.(...).
O CÁLICE
Representar para mim é a possibilidade que me foi dada de me comunicar com o meu semelhante através de uma troca de idéias, imagens, palavras, gestos e emoções.
Um divertido, fascinante, e muitas vezes cruel jogo que mistura ficção e realidade, consciente e inconsciente, sagrado e profano, amor e ódio, vida e morte. Uma Paixão.
Através dos anos venho elaborando em cima das tábuas o meu trabalho, tentando sempre o difícil equilíbrio entre as conquistas técnicas e a simplicidade da execução.Aqueles instantes, todas as noites, em que represento um papel, são sempre os melhores momentos do meu dia.
Isso quer dizer que levo para o palco meus sentimentos, minha idéia, minhas alegrias, meus abismos, meu horror e minha luz.
Diariamente filtro essas emoções através das necessidades de cada personagem, e recebo de volta para mim mesmo uma nova compreensão de meus problemas - e acrescento ao personagem um novo enriquecimento conseguido à quente, quer dizer, arrancado de dentro de mim mesmo.
Com o correr dos anos fui aprendendo a me observar como artista e ser humano, e fui tentando aproveitar em meus desenhos interpretativos a linguagem interior de minha vivência pessoal, para conseguir assim essa difícil união entre arte e vida, que foi sempre a minha grande aspiração.
Sempre acreditei que cada ator traz consigo um material fantástico, inimitável e único, muito difícil de ser conservado e desenvolvido nesta nossa era brutalizada e massificada.
É um cálice de cristal interior, que deve ser preservado e defendido através de muitos terremotos, muita contrariedade, muita decepção e sensação de abandono, mas com momentos também de enorme luminosidade que quando acontecem recompensam o artista e engrandecem o ser humano.
Cada ator é único e inimitável se ele mergulha com honestidade em si mesmo, e retrata o seu semelhante com generosidade, verdade e paixão.
Somos feitos da essência com que os sonhos são feitos escreveu Shakespeare, e essa é a melhor definição que conheço sobre o mistério da representação.
O CAVALO
Cada ator tem obrigação de zelar e desenvolver o seu instrumental, sua voz, seu corpo: seu cavalo.
Somos feitos da essência com que os sonhos são feitos escreveu Shakespeare, e essa é a melhor definição que conheço sobre o mistério da representação.
O CAVALO
Cada ator tem obrigação de zelar e desenvolver o seu instrumental, sua voz, seu corpo: seu cavalo.
Devemos transformar nosso corpo num grande arquivo de imagens com possibilidades de serem utilizadas em nossos futuros personagens; nossa voz deve poder miar, rugir, gemer, uivar, nossas mãos podem ser galhos de árvores, garras de feras, folhas secas ao vento nossos pés, colunas de um templo, patas de animais.
Nossos olhos devem poder reproduzir o enigma do olhar da esfinge, e a clareza cristalina de um poema de Brecht.
E mais, devemos nos preparar para poder receber com artística mediunidade a alma do mundo, as grandes interrogações do nosso tempo, a voracidade deste universo em constante transformação.
Devemos ser suficientemente fortes para poder reproduzir simultaneamente a maravilha e o horror do ser humano, a criatividade e a autodestrutividade de nós todos, homens, através desta difícil caminhada da vida.
O nosso cavalo deve então se preparar para poder assumir todas estas formas, e por isso ele tem de ser constantemente reabastecido e renovado.
O cavalo é também o estimulador de nossa energia, o conservador de nosso entusiasmo e de nossa fé; quando as crises vierem (e não tenham dúvida de que elas virão), nada melhor do que trabalhar na fortificação do cavalo, porque no mínimo estaremos crescendo durante a crise, estaremos trabalhando e temperando novas energias, adquirindo novas técnicas, novos conhecimentos.
Podem ter certeza de que um bom cavalo torna o ator indestrutível.
O FOGO
O fogo através do tempo sempre foi o símbolo vivo da fé, do entusiasmo e da rebeldia; mantê-lo aceso dentro de nós é também um trabalho para a vida inteira.O fogo nasce de um estado de curiosidade natural e instintivo e pode ser desenvolvido através da conquista progressiva de uma cultura geral, de uma observação apaixonada da história do homem, da história de todas as artes, da emocionante história do teatro e um profundo sentimento de observação do ser humano aqueles para quem realizaremos nossas mágicas, o nosso público.
O FOGO
O fogo através do tempo sempre foi o símbolo vivo da fé, do entusiasmo e da rebeldia; mantê-lo aceso dentro de nós é também um trabalho para a vida inteira.O fogo nasce de um estado de curiosidade natural e instintivo e pode ser desenvolvido através da conquista progressiva de uma cultura geral, de uma observação apaixonada da história do homem, da história de todas as artes, da emocionante história do teatro e um profundo sentimento de observação do ser humano aqueles para quem realizaremos nossas mágicas, o nosso público.
Esse fogo interno, uma espécie de grande rol central de energia e fé, é uma grande defesa contra a acomodação, e me parece ser a grande mola propulsora da criatividade; devemos estar sempre atentos aos seus chamados, e é preciso não deixar nunca, custe o que custar, esse fogo esmorecer, porque, caso isso aconteça, seremos os artífices de uma arte morta, sonâmbula, inútil, feia e resignada.
O MENINO
A recuperação da liberdade da infância através da vida adulta foi sempre uma das minhas metas; a criança é uma fonte incrível de informação artística - e a criança que nós fomos recuperada através do nosso lado lúdico tão atrofiado pelo correr dos anos, pode nos servir de guia, mas um guia muito especial, que caminha alegre e despreocupado, que sabe descobrir o mágico dentro do cotidiano, intuitivamente Um grande exemplo da presença do menino dentro de um artista está na figura e na obra do
pintor Pablo Picasso.
O MENINO
A recuperação da liberdade da infância através da vida adulta foi sempre uma das minhas metas; a criança é uma fonte incrível de informação artística - e a criança que nós fomos recuperada através do nosso lado lúdico tão atrofiado pelo correr dos anos, pode nos servir de guia, mas um guia muito especial, que caminha alegre e despreocupado, que sabe descobrir o mágico dentro do cotidiano, intuitivamente Um grande exemplo da presença do menino dentro de um artista está na figura e na obra do
pintor Pablo Picasso.
Eu não procuro, eu acho afirmava o grande pintor.
E essa fala denuncía o menino que Picasso levava dentro de si, que pintava cerâmica usando como base para o desenho a espinha do peixe que tinha comido no almoço, ou fazia fantástica escultura aproveitando uma roda velha e quebrada de uma bicicleta encontrada na estrada durante seu passeio matinal.
O menino traz alegria e descompromisso racional para o trabalho artístico.
No Passeio Público do Rio de Janeiro tem um menino-anjo esculpido num bebedouro (se não me engano de Mestre Valentim) com a seguinte legenda: Sou útil, ainda brincando.
Essa é a lei e a sabedoria dos meninos.
CONCLUSÃO
Acho que preservando o cálice, domando o cavalo, estimulando o fogo e soltando o menino, o artista está preparado para viver e criar uma vida bela e uma obra útil para a coletividade.
_____________________________________________________
* Aula inaugural da Cal (Casa das Artes de Laranjeiras)Rio de Janeiro(RJ), 12 de março de 1984.Reproduzida de uma apostila do autor.
Essa é a lei e a sabedoria dos meninos.
CONCLUSÃO
Acho que preservando o cálice, domando o cavalo, estimulando o fogo e soltando o menino, o artista está preparado para viver e criar uma vida bela e uma obra útil para a coletividade.
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* Aula inaugural da Cal (Casa das Artes de Laranjeiras)Rio de Janeiro(RJ), 12 de março de 1984.Reproduzida de uma apostila do autor.
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