N delta 11 - MOSTRA DO NÚCLEO DE DIREÇÃO TEATRAL
(Dias: 8, 9, 15, 16, 22 e 23/10. Sessões: sábados às 19h e 20h, domingos às 18h e 19h.
Entrada franca. Retirada de ingressos na bilheteria do teatro com uma hora de antecedência.)
O <N delta 11>, nasce de um projeto desenvolvido no Núcleo de Direção da Escola Livre Teatro de Santo André. Com orientação e curadoria de Luiz Fernando Marques, foram escolhidos 6 projetos de teatro no início de 2011: ¨Uma Mulher¨, “Clara em neve” ou “Despedida Lenta”, ¨Vende-se¨, ¨100 direções¨, ¨ Quando Eu Me Perdi De Vista¨, ¨Canções Para Não Dizer¨. Estes projetos foram desenvolvidos no decorrer deste ano, partindo da ideia do compartilhamento de processos criativos e, transformados em pequenas peças ou experimentos cênicos, 5 deles agora se abrem para a plateia.
PROGRAMAÇÃO (Atenção: esta programação está desatualizada, o blog até o momento não recebeu as novas datas de apresentações)
08/10 - Sábado
19h – Clara em Neve
20h - Sem direções: a caminho da cena
09/10 – Domingo
18h - Clara em Neve
19h - Sem Direções
15/10 – Sábado
20h - Quando eu me perdi de vista
16/10 Domingo
19h - Quando eu me perdi de vista
23/10 - Domingo
18h - Canções para não dizer
19h - Uma Mulher
22/10 – Sábado
19h – Uma Mulher
20h – Canções para não dizer
SINOPSES
Clara em Neve. Partindo de elementos como o improviso e interação com o público. Ana, a personagem desta história é uma paciente com Alzheimer. Ao receber a visita do público, revive momentos de sua história e encontra, na visita inesperada do público, conforto e alegria para revive-las e recontá-las.
Com a alegria da visita, resolver fazer um bolo. Enquanto mistura os ingredientes começa a misturar os fatos. Aos poucos, os sintomas da doença vão aparecendo. Ana fala coisas desconexas, perde o pudor ao falar sobre sua sexualidade e mostra uma grande confusão mental; sintomas da doença vão aparecendo também nos detalhes, como no olhar perdido, no riso inesperado, nas roupas guardadas na geladeira ou ainda no guarda-chuva escondido no microondas.
Clara em neve é um convite a refletir sobre a solidão da terceira idade, o esquecimento familiar, o significado da vida e suas insignificantes certezas.
Este trabalho participará do Festival de Playback Theatre de Frankfurt e também se apresentará no Instituto Waldorf de Witten, na Alemanha, em novembro próximo.
Atriz-criadora: Mari Nogueira
Direção e dramaturgia: Daniel Viana
Produção: Cia. Vacivu de Artes
Sem direções: a caminho da cena. Uma educadora inquieta e indignada atravessa a sua cidade, enquanto busca o diálogo com os cidadãos de um ônibus/escola/teatro a fim de compreender o sentido de sua jornada. Nesta travessia, cada passageiro também é levado a buscar um sentido para a sua trajetória.
Concepção, Criação e Dramaturgia: Cecília Schucman. Atriz, arte-educadora e dramaterapeuta, formada emPedagogia do Teatro pelo Instituto de Pedagogia Waldorf de Witten Annen/Alemanha, como atriz na ELT - Escola Livre de Teatro de Santo André, em Dramaterapia pelo Instituto Sagres sob coordenação da dramaterapeuta Jessica Westkamp, cursou também Letras na Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas/USP durante três anos (1997 a 2000).
Quando eu me perdi de vista, de uma forma não-linear, traz para o teatro um lugar, e ao mesmo tempo, um não-lugar. Um tempo e ao mesmo tempo um não-tempo. Um bar, uma rua e uma casa, são o plano de fundo para personagens perdidos, que querem se encontrar. Elas buscam o encontro com as suas identidades, buscam o outro, a memória, a volta. Querem achar as suas histórias, que assim como elas, estão perdidas de vista.
“Grupo Ato: A” de teatro, formado no primeiro semestre de 2011, derivou do desejo de três atores, formados pela Escola Livre de Teatro de Santo André em diferentes anos e moradores de Santo André, de pesquisar, de forma profunda e concentrada, o processo de criação coletiva e colaborativa.
Nosso desejo perante o público é discutir a perda de identidade na contemporaneidade. Queremos questionar artisticamente, na cena, onde o público é convidado a maturar reflexões sobre a dificuldade de comunicação na sociedade atual, a loucura em se enquadrar dentro de um padrão de beleza exposto pela mídia, a descoberta da sexualidade, o medo de ficar sozinho sem alguém que possa se relacionar amorosamente, a relação do ser humano com o dinheiro, a tentativa de dialogar com a complexidade da nossa memória, a perda de identidade do indivíduo e do Brasil, e o mistério que envolve pessoas desaparecidas. Estes são alguns dos temas que o nosso espetáculo tentará discutir com o espectador, e a partir dessa discussão torcer por novos questionamentos que contribuam para uma futura transformação do ser humano.
Direção Teatral: Edson Thiago Rossi.
Assistente de Direção: Thiago Nascimento.
Dramaturgia: Thiago Nascimento.
Elenco: Andressa Ferreira, Evandro Cavalcanti, Hugo Oliveira, Jonathan Well, Nayara Meneghelli, Silvia Alencar.
Uma Mulher.
Uma mulher e um homem. Uma mulher escreve cartas anônimas para estranhos, em sua maioria homens, contando intimidades da vida de “uma” mulher. Cartas que ao tratar de questões do cotidiano – a casa, o dinheiro, as famílias, filhos, o sexo, o trabalho, a comida –, até questões de história e política, compõe um complexo mosaico da figura feminina. Cartas que propõem encontros em locais estratégicos da cidade, nos quais “uma” mulher espera seus convidados para um espetáculo. O mistério a ser decifrado é a singularidade dessa “uma” mulher, que pode ser várias mulheres ou várias facetas de uma mesma (metamorfoseada das formas mais inusitadas). Essencialmente, através desses homens e mulheres múltiplos, a peça busca tratar da relação entre duas pessoas, entre o público e o privado, o antigo e o novo, a realidade e a ficção, a verdade e a representação.
Concepção e realização: Nana Yazbek. Nana Yazbek é atriz e produtora cultural, formada no Teatro-Escola Célia Helena, além de cursar teatro em Paris no Conservatoire National Supérieur d'Art Dramatique. Atuou, entre outros, nos curtas-metragens Coda, de Marcos Camargo, que lhe rendeu uma indicação a melhor atriz no I Festival Paulínia de Cinema; Bomba!, de Lara Lima, Marcelo Lima e Renato Coelho; e Derrière la vitre, de Kamal Lazraq (Paris). No teatro, foi atriz convidada da Cia Auroras, sob a direção de Pedro Granato, no espetáculo Obscenas - a traição é uma vaidade, baseado na obra de Nelson Rodrigues. Atuou também nos espetáculos Esta noite improvisaremos (direção de Ruy Cortez), Sobre Lorca (direção de Nelson Baskerville) e Três fragmentos de Brecht (direção de Marco Antonio Rodrigues). Participou de inúmeros cursos e workshops com profissionais de cinema e teatro, com destaque para Ariane Mnouchkine, Anatoli Vassiliev, Philippe Garrel, Valentin Teplyakov, José Eduardo Belmonte, Cia dos Atores e Teatro da Vertigem. Formada em Ciências Sociais na Universidade de São Paulo, atualmente é professora-assistente de teatro para crianças, adolescentes e adultos na Escola Superior de Artes Célia Helena.
Canções para não dizer. O argumento inicial trata de dois personagens cotidianos, urbanos, que em determinado momento se conhecem e passam, durante seus encontros, a se confessarem.
O Grupo Cabauêba de Teatro, fundado em agosto de 2001 na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará, tem como objeto principal de estudo o homem moderno urbano, destrinchando suas carências, contradições e desejos. Observando a sociedade na qual este homem está inserido, recorta-se os momentos em que esta o coloca em situações-limite, que não dialogam com o pensamento individual. Esse conflito sociedade x homem vem sendo retratado em todos os espetáculos e experimentos encenados pelo grupo ao longo de sua existência.
Nós do grupo, buscando, conhecer, pesquisar e vivenciar uma forma artística mais produtiva e eficaz para o teatro contemporâneo viemos desenvolvendo uma linguagem experimentalista própria, onde os recursos são as diferentes relações possíveis entre ator-espectador, ator-espaço, texto-improvisação, visando sempre à investigação e aperfeiçoamento de uma nova proposta teatral e mais especialmente para a arte do ator, este como protagonista do acontecimento teatral. Essa pesquisa foi intitulada de "Ator Regente". Desde do início de 2008, resido na cidade de São Paulo onde a pesquisa do "Ator Regente", iniciada na cidade de Fortaleza, passou a ser minha pesquisa investigativa visando um método para construção de espetáculos teatrais. Em 2009 estreei o primeiro espetáculo montado dentro da pesquisa do “Ator Regente”.
A escolha do tema de qualquer montagem do Grupo Cabauêba sempre parte de uma inquietação pessoal de seus integrantes. Partimos de três questões básicas: O que queremos falar? Para quem queremos falar? Qual a relevância disto para o Social e o Fazer Artístico?
Neste processo, após longas discussões acerca do tema do novo espetáculo, chegamos a uma problemática: “Como revelar o oculto através do não dito?”
Atores: Lucas Sancho e Marisa Paiva
Supervisão de dramaturgia: Rafael Martins
Supervisão de direção de arte: Elisa Porto
Trilha sonora: Diogo Soares