terça-feira, agosto 29, 2006

Exercícios do Núcleo de Interpretação da ELT


Orientação: Renata Zhaneta



04 de setembro - 17 horas
Teatro Conchita de Moraes

quinta-feira, agosto 24, 2006

LEITURA DE TEXTOS INÉDITOS

O Núcleo de Estudos do teatro contemporâneo convida para a leitura de textos inéditos (cenas curtas) que foram criadas pelos aprendizes no semestre passado e início deste. Vai ser no próximo sábado, 26 de agosto, às 19h, no Conchita. Os textos que serão lidos são os seguintes (Depois haverá bate papo dos autores com o público):

Numa Madrugada, de Cristina dos Santos
Desenredo, de Tadeu Renato
Cidadão Tonho, De Plínio Soares
Tempo é dinheiro, de Alessandra Cifali

Em Setembro teremos mais leitura, com os textos dos outros aprendizes
Esperamos por todos lá.

terça-feira, agosto 15, 2006

Edital de Ocupação do Conchita


A partir deste semestre o teatro Conchita de Moraes volta a receber espetáculos, além dos que são criados na Escola Livre. A ELT, em parceria com a Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer, preparou um edital de ocupação (que será lançado duas vezes ao ano), que prevê temporadas aos sábados e domingos, resguardadas as atividades da Escola.

A idéia é compartilhar o espaço do Conchita - um patrimônio da cidade - em diálogo com o projeto artístico da Escola Livre.


Entre os critérios utilizados pela comissão que seleciona os espetáculos estão: Clareza e qualidade das propostas apresentadas; propostas de temporadas continuadas, que não se restrinjam a apresentações pontuais (isso evita o assédio das chamadas montagens "caça níqueis"), o mérito artístico e o interesse cultural.

O ganho maior desta política de ocupação do Conchita é que os aprendizes da escola estarão mais próximos sobretudo da produção dos grupos locais (ainda que o edital não se restrinja a eles).

Então, a Comissão de seleção (composta pelo pessoal do Departamento de Cultura e pelo coordenador da ELT) escolheu três espetáculos, que entrarão em cartaz este semestre no Conchita, sempre aos sábados e domingos. São eles:

  • Amores Dissecados, com A cia Teatro Insano, direção de Marcos Lemes (de 02 a 17 de Setembro);

  • Tito, estréia do Teatro da Conspiração, com dramaturgia de Solange Dias e Direção de Cassio Castelan (30 de setembro a 29 de outubro);

  • Revólver: Com a Cia. os Subterrâneos, dramaturgia de Antonio Rogério Toscano e direção de Jorge Pezzolo, (04 a 12 de novembro).

Os ingressos serão vendidos sempre a preços populares. Um chamado pra prestigiar os artistas da região. Em breve, mais informações sobre as montagens.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Lista de Selecionados ELT 2006 - Segundo semestre

Veja abaixo a lista de selecionados para os Núcleos de Montagem Circense, Teatro de Rua e Narrativas de Passagem:

Nucleo de Teatro de Rua:

Aline Anfilo da Silva
Eder do Carmo Lopes
Rafael Santos de Barros
Juscelino Rosa de Oliveira
Gabriela Braga de Jesus Santos
Edson Pedroso dos Santos


Núcleo de Narrativas de Passagem:

Beth Rizzo
Maria Elisa dos Passos Nogueira
Maria Inês Breccio
Mauro Gentil Mineiro

Núcleo de Montagem Circence:

Bruna Alencar de Lima
Carlos Cosmai
Carolina Gomes Moreira
Caroline Molgora
Caroline Rocha da Silveira
Danielle de Figueira Vasconcelos
Edson Costa Nunes
Erica Treza
Evelyn Cristine S. dos Santos
Isac Vilela de Brito
Lais Assunção de Almeida Leite
Larissa Passos Nogueira
Leandro de Almeida Dias
Luis Augusto dos Santos
Mariane Emilia Barbosa
Natascha Zacheo Guimarães
Nilson Castor da Silva
Patrícia Nogueira
Raimundo Fagner M. Martins
Sissy Fattori Moreira
Thalita Lobo de Souza
Thiago Pereira de Araújo
Thiago Alves do Nascimento
Viviani Martins Gonçalves
Vevinéia Maria Silva dias

quinta-feira, junho 22, 2006

NOVAS VAGAS PARA NÚCLEOS DA ELT NO 2º SEMESTRE DE 2006

03 a 14 de julho – inscrições para os Núcleos de:

  • montagem circense;

  • teatro de rua;

  • narrativas de passagem;

Escola Livre de Teatro
Horário: das 9h às 12h e das 14h ás 17h
Informações: 4996-2164 – escolalivre@ig.com.br

Mostra de Processos da Escola Livre de Teatro

30 de junho a 16 de julho de 2006
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Atenção: todas as atividades são gratuitas.
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Dia 30 - sexta
18h30 Fórum: Estratégias de sobrevivência para o teatro de grupo.
Convidados: Ney Piacentini (Presidente da Cooperativa Paulista de Teatro e ator/produtor da Companhia do Latão) e Luis Carlos Moreira (do Movimento Arte Contra a Barbárie e diretor do Engenho Teatral). Teatro Conchita de Moraes

Dia 01 – sábado
19h E.L. Circo Gitano
, com o Núcleo de Montagem circense, Praça Rui Barbosa
21h Acunteceu o Acuntecido – a comédia do fim do mundo, com a Turma 7 do Núcleo de Formação do ator, Teatro Conchita de Moraes

Dia 02 - domingo
18h30 E.L. Circo Gitano
, com o Núcleo de montagem circense, Praça Rui Barbosa
20h30 Acunteceu o Acuntecido – a comédia do fim do mundo, Teatro Conchita de Moraes

Dia 03 – segunda
14h Filme Édipo Rei (Pier Paolo Pasolini)
20h30 Cenas adaptadas de contos de Tchecov
, pelos Núcleos de Direção e Dramaturgia, Teatro Conchita de Moraes

Dia 04 – terça
20h30 Cenas adaptadas de contos de Tchecov
, pelos Núcleos de Direção e Dramaturgia, Teatro Conchita de Moraes

Dia 05 – quarta
18h30 Leitura dos textos criados no Núcleo de Narrativas de Passagem
20h30 Cenas adaptadas de contos de Tchecov
, pelos Núcleos de Direção e Dramaturgia, Teatro Conchita de Moraes

Dia 06 – quinta
16h Amor montado no tempo
, com o Núcleo de Teatro de Rua, Praça Rui Barbosa
20h30 Cenas adaptadas de contos de Tchecov, pelos Núcleos de Direção e Dramaturgia, Teatro Conchita de Moraes

Dia 07 – sexta
18h30 Aulas abertas com os Núcleos de Experimentação corporal e Formação 9
, Teatro Conchita de Moraes

Dia 08 - sábado
19h E.L. Circo Gitano
, com o Núcleo de Circo, Praça Rui Barbosa
21h Espetáculo convidado Os meninos e as pedras, com o Núcleo Entrelinhas de Teatro, Galpão da ELT.
Público reduzido: 50 pessoas

Dia 09 – domingo
18h30 E.L. Circo Gitano
, com o Núcleo de Circo, Praça Rui Barbosa
20h30 Espetáculo convidado Os meninos e as pedras, com o Núcleo Entrelinhas de Teatro, Galpão da ELT. Público reduzido: 50 pessoas

Dia 10 – segunda
14h Filme Spartakus (Stanley Kubrick)
20h30 Aula aberta com o Núcleo de Teatro Laborató
rio, Teatro Conchita de Moraes

Dia 11 – terça
16h Amor Montado no Tempo
, com o Núcleo de Teatro de Rua, Praça Rui Barbosa
18h30 Performances: Hai-Kai Balão, com a Cia. São Gonçalo e Flores, criação e atuação de Taynã Azevedo (Formação 8)

Dia 12 – quarta
19h Leitura de textos criados no Núcleo de Narrativas de Passagem

Casa da Palavra

Dia 13 – quinta
16h Espetáculo circense Uma besteira qualquer
, do projeto Transformando com Arte, Teatro Conchita de Moraes
18h Projeção de vídeos criados na Escola Livre de Cinema e Vídeo, Praça Rui Barbosa

Dia 14 - sexta
18h30 Workshop com o mestre de kempô Jo Azer
(Fechado para a turma de Formação 10 e platéia aberta) a confirmar (poderá ser sábado 15 ou domingo 16)

Dia 15 - sábado
19h E.L. Circo Gitano
, com o Núcleo de de montagem circense


Dia 16 - domingo
18h30 E.L. Circo Gitano
, com o Núcleo de montagem circense

terça-feira, maio 30, 2006

OS MENINOS E AS PEDRAS NA FOLHA

confiram a reportagem publicada na edição da folha do dia 28 de maio de 2006 -caderno do folha acontece:
Peças paulistanas evocam universo de judeus e árabes
Quatro espetáculos, como "Os Meninos e as Pedras" e "As Turca", trazem personagens oriundos do Oriente Médio.

Três dos quatro espetáculos paulistanos com essa temática têm sessão hoje; preço do ingresso varia de R$ 14 a R$ 40.


Cecília Schucman e Luiz Gustavo Jahjah (na verdade é o Judson Cabral)em cena de "Os Meninos e as Pedras", em cartaz no Viga.

VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL


Sempre complexas, questões relativas ao Oriente Médio ganham abordagem, de formas direta e indireta, em quatro espetáculos na temporada teatral da cidade. Três deles tem apresentação hoje: "Os Meninos e as Pedras", no Viga Espaço Cênico; "As Turca", no teatro Bibi Ferreira; e "Emma Goldman: Amor, Anarquia e Outros Casos", no Espaço dos Satyros 1.

Já "Feliz Aniversário" tem sessões às quartas e quintas-feiras, no Teatro Folha (veja os horários no quadro à esq.).Num lugar imaginário, o "quintal" da casa deles, Yonatham, um menino judeu, e Fátima, uma menina árabe, protagonizam um encontro que traz à tona os conflitos existentes entre seus povos. Mais que isso, a possibilidade de convivência, de diálogo.

"Os Meninos e a Pedras" foi escrito por Antônio Rogério Toscano em 2002. A peça é definida pelo próprio autor como "dramaturgia para jovens".A encenação de Juliana Monteiro (assistente de Newton Moreno em "Assombrações do Recife Velho") busca contrapor um tema polêmico às brincadeiras infantis que sustentam o jogo cênico dos atores.

"Mas a gente busca fugir da caricatura da criança", diz o ator Luiz Gustavo Jahjah, 29. Sua família tem ascendência árabe, mas ele interpreta o menino judeu, papel que também é assumido em cena por seu colega Judson Cabral. Já a atriz Cecília Schucman, de ascendência judia, faz a menina árabe junto com Ligia Yamaguti. Todos integram o Núcleo Entrelinhas de Teatro, formado por aprendizes da Escola Livre de Teatro de Santo André.

Em "As Turca", Nura, Dulce e Vitória são irmãs. Na peça, a também atriz Andréa Bassitt, bisneta de libaneses, expõe o drama de uma família árabe e cristã às voltas com o fim da fartura de outrora, quando seus familiares chegaram ao Brasil na corrente imigratória do início do século 20.Apesar da crise de fundo, às vezes em primeiro plano, "As Turca" escora-se na veia comediante de atrizes como Cláudia Mello (a irmã mais velha) e Juçara Morais (a do meio). Bassitt interpreta a caçula.

Toda a ação se passa dentro de uma cozinha, onde as personagens põem a mão na massa para assar esfihas.Numa das passagens do espetáculo dirigido por Regina Galdino, chega a notícia, via telejornal, de um atentado à bomba numa universidade norte-americana em Beirute. O episódio atingirá diretamente o coração daquela família.Judeus na LituâniaAtentado, fabricação de bomba, também é por aí que mais se aproxima a relação com o Oriente Médio contemporâneo em "Emma Goldman -Amor, Anarquia e Outros Casos", solo interpretado por Agnes Zuliani e dirigido por Rodrigo Garcia.O texto da americana Jessica Litwak faz um panorama da judia da Lituânia que imigrou para os EUA em 1885 e lá exerceu a maior parte de suas atividades políticas até ser deportada em 1919. Segundo Zuliani, Goldman foi precursora da esquerda de 1968 em sua defesa da liberdade e em seu experimentalismo de comportamento.

"Ela foi uma grande divulgadora das artes em suas palestras nos EUA, sendo uma das primeiras a falar, naquele país, dos grandes dramaturgos modernos, como Ibsen, Strindberg e Tchecov", afirma a atriz, que contou com o apoio do Centro da Cultura Judaica.Uma mulher judia também está à frente de outra peça em cartaz, o monólogo "Feliz Aniversário", com Danielle Maia.

segunda-feira, maio 08, 2006

Amor Montado no Tempo

Pelo Núcleo de Teatro de Rua da Escola Livre de Teatro,
espetáculo formado por três peças curtas: “Quem paga o pacto?”, “Boneca de Madeira” e “Começo do Caminhar”
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07 de Maio - 11 h : CESA SANTO ALBERTO
Rua Petrogrado, s/nº - Jd. Santo Alberto – Santo André - 4975-1707
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13 de Maio - 11 h : RECANTO INFANTIL ESTACAO CRIANCA
Av. Dom Bosco, 1090 - Santo André - 4479-1940
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20 de Maio - 11 h : CESA VILA SÁ
Av. Nova Iorque, s/nº- Vila Sá – Santo André - 4997-7557
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27 de Maio - 11 h : CESA PARQUE NOVO ORATÓRIORua Tanganica, 385 - Parque Novo Oratório - 4479-0303
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28 de Maio - 11 h : JARDIM SANTO ANDRÉ
próximo a rua Dominicanos (Avenida 1)
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29 de Maio - 11 h e 30 min : Overdose de Teatro de Rua
Vale do Anhangabaú

quarta-feira, abril 12, 2006

Um Processo de Criação


Bárbara Zampol faz Nina em Leo não pode mudar o mundo (Formação 4)

por Mauro Fernando

Em março de 1993, no número 0 dos Cadernos da ELT, Georgette Fadel e Antônio Rogério Toscano colocam o pingo no i. “A Escola Livre de Teatro de Santo André tem como princípios de trabalho o risco e a liberdade.” Tal profissão de fé está no texto intitulado Impressões Sobre Leo não Pode Mudar o Mundo.
Risco e Liberdade. Um é inerente à outra, esta está implícita nele. O artista na corda bamba, tirando seu sustento do público boquiaberto – imagem recorrente para quem procura o belo, e não uma possível praticidade, da arte.
A ELT não se pauta pelas pragmáticas regras de um mercado sempre tão voraz. Para elas, escolas são desnecessárias. O processo colaborativo praticado pela ELT se preocupa com o amadurecimento do trabalho artístico, ignorando algum eventual tilintar proveniente da caixa registradora. A sobrevivência artística deve se equilibrar na qualidade da pesquisa – o que inclui a temática e a abordagem a ela –, subvertendo o pensamento hegemônico, neoliberal (e predador) na essência.
Um processo colaborativo se dá, necessariamente, a excessos – de produtividade, não os do rebuscamento – e, conseqüentemente, a descartes. Necessariamente admite a possibilidade do erro como ferramenta no viajar do aprendizado. Aberta a sugestão do risco, o vôo tende a ser mais intenso e prazeroso, condições para o reconhecimento do trabalho. As dificuldades – tropeços, acertos duvidosos – embutidas no difícil, por complexo, processo colaborativo de criação não o valorizam?
Trabalhar idéias coletivamente é respeitar divergências, questionar certezas, propor, fazer autocrítica. Quem possui no histórico conhecido apreço por ditaduras e falsas democracias é a CIA. Ter de abandonar convicções já cristalizadas pode ser doloroso num primeiro momento, mas recompensador num segundo instante. Se o processo estoura o prazo inicialmente definido, que se reveja o prazo – cada projeto tem seu tempo de maturação.
É o que aconteceu em Odisséia. O Ulisses épico grego transformou-se em contemporâneo, num guerreiro urbano em cacos à procura de razões, de si mesmo. O retorno a Ítaca transformou-se numa peregrinação por um labirinto interno, por um inferno íntimo. A interação entre núcleos (formação, dramaturgia, cenografia) no projeto coordenado por Francisco Medeiros (direção), Gustavo Kurlat (música), Lucienne Guedes (interpretação) e Luís Alberto de Abreu (dramaturgia) configurou uma montagem densa.
Não se trata, naturalmente, de fazer a defesa da criação sob a balbúrdia, do tatear sem se saber onde se quer chegar, da experimentação pela experimentação, desconectada de responsabilidades maiores. São precisos princípios básicos, como o respeito à criação individual em sintonia com a estrutura estabelecida – flexibilidade e fluxo contínuo de informações, além da horizontalidade nas relações. Não ao intervencionismo abrupto. Discussões enriquecedoras, não batalhas fratricidas, a moldar uma montagem.
Equilibrar todos os elementos desse processo – incluindo contradições previsíveis, mas não inconciliáveis – é trabalho árduo, maluquice para quem acredita que arte é resultado. Ao se contrapor ao simplismo de resultados, o processo colaborativo da ELT agrega ainda mais valor.
Seria mais simples montar uma adaptação de A Metamorfose, de Franz Kafka, Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, Romeu e Julieta, de William Shakespeare, e Um Homem É um Homem, de Bertolt Brecht, em quatro semestres. Ao final, meia dúzia de apresentações de cada exercício.
Mas essa não é a proposta pedagógica da ELT, uma escola valente apesar dos problemas, como uma certa incompreensão da proposta marcada por risco e liberdade, que isso traz.
Outro aspecto a ser colocado no tabuleiro – o teatro não é um jogo? – é o desenvolvimento dos “artistas-aprendizes”, como Georgette Fadel e Antônio Rogério Toscano se referem a eles. De Leo não Pode Mudar o Mundo a Osvaldo Raspado no Asfalto, montagens da Formação 4, percebeu-se nitidamente a evolução, com o elenco bem mais desenvolto em cena.
Em Osvaldo Raspado no Asfalto parece ter havido uma potencialização do risco e da liberdade, com a pesquisa indo diretamente a moradores de rua e conhecendo suas reais motivações. Deu-se um espetáculo (direção de Antônio Rogério Toscano, Claudia Schapira, Georgette Fadel, Gustavo Kurlat e Juliana Monteiro) contundente e orgânico.
Crime e castigo (coordenação de Antônio Araújo, Lucienne Guedes e Luís Alberto de Abreu) integrou os núcleos de direção, formação e dramaturgia sob a inspiração da obra de Fiódor Dostoievski. Revelou-se em tom certeiro em que medida a miséria da São Petersburgo do século XIX encontra equivalente nas nossas periferias de hoje.
Duas montagens, em especial, nas quais se vislumbra o espírito de colaboração mútua e conciliação das diferenças como possibilidade inequívoca e efetiva de fazer teatro. Não por acaso, Osvaldo Raspado no Asfalto e Crime e Castigo encontraram caminho próprio, o da aventura por tablados desconhecidos.
Enfim, dosar o arcabouço teórico na prática é a lição. Se é por intermédio do processo colaborativo de criação defendido pela ELT que se constrói o artista – e ser – pensante, longa vida ao risco e à liberdade.

Mauro Fernando é jornalista e escreve periodicamente no blog Rotunda

terça-feira, março 07, 2006

Acunteceu o Acuntecido

Escola Livre de Teatro e formação 7 apresentam:

Acunteceu o Acuntecido
a comédia do fim do mundo!!


“Para trás só o resto da antiga casa, agora somos pés numa seca marcha...Do pó ao perdão. Desconhecidos errantes a caminho da humanidade perdida e esquecida no silêncio das ruínas.“

Espetáculo de conclusão de curso da ELT. Trata-se de uma saga de sujeitos errantes, caminhantes que buscam uma nova terra, após a destruição do mundo que se conhecia. Com dramaturgia inspirada no poema A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, e no diálogo clássico de Arjuna com Krishna, da tradição indiana. A peça é construída com depoimentos poéticos de personagens que buscam aquilo que ainda não conhecem.
Direção: Edgar Castro.

Elenco e dramaturgia: F. 7 do Núcleo de Formação do Ator da ELT.

Orientação de dramaturgia: Newton Moreno .

Direção musical: Gustavo Kurlat .

Direção de atores: Georgette Fadel.

Estréia dia 04 de Março.
Temporada aos sábados às 21h e domingos, 20h30,
no Teatro Conchita de Moraes,
até o mês de maio - GRATUITO
(recomenda-se a doação de 1kg de alimento não perecível)