OBSERVANDO O SOLO
Hoje eu paro ali no canto esquerdo da imensidão da caixa preta e algo acontece, meus pés balançam, o desequilíbrio chega, o desequilíbrio passa, o corpo responde me movendo para o lado contrário.
Hoje ali no lado contrário mais uma vez início a criação, escuto barulhos inesperados, meus ouvidos se abrem para entender, quem vem aí? Quem esta aí?
A minha atenção se amplia e não identifica, mais suspeita.
Como meu corpo responde?
E lá vou eu, me movo para o centro, estou no meio, estou no meio de tudo isso, rapidamente sinto uma dor no calcanhar direito, algo espeta e chegou a hora de entender que hoje este não é o melhor lugar. Forças muito concretas agem por aqui.
É uma brincadeira?
Decido então descer dali, por enquanto!
Hoje tenho outras sensações dentro do jogo que a caixa preta traz, despindo suas fragilidades de frente aos meus olhos, movendo meus pés e ouvidos para outros lugares, outros lugares aqui, ela talvez esteja um pouco doente e machucada, talvez eu tenha ficado um pouco dolorida e machucada.
Este.
Este é.
Este é o espaço.
Este é o espaço hoje.
Corpos em movimento por todos os lugares.
E quando ela melhorar?
E quando essa brincadeira acabar?
Aqui...
Aqui já vai ser outro lugar.
Gislaine Nascimento
Aprendiz- Formação 12
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