terça-feira, junho 29, 2010

Carta lida no aniversário de 20 anos da ELT

EVOÉ

Há exatos 20 anos, no dia 28 de Junho de 1990, a Escola Livre de Teatro de Santo André nascia em conexão com o mundo, lançada oficialmente na Primeira Mostra Internacional de Teatro de Santo André. Parida num cenário de agitação criativa e efervescência cultural, a ELT caracteriza-se, de acordo com seu plano original, “como um centro facilitador onde as pessoas interessadas na pesquisa de linguagem teatral possam dispor de um espaço onde o ofício seja estudado e aprofundado”. E dentro de uma perspectiva em tudo semelhante ao pensamento do grande educador Paulo Freire, a ELT sempre vislumbrou o processo de aprendizagem como um percurso rumo à autonomia, onde o ensinar não significa a mera transmissão de conhecimento, mas a criação de possibilidades para a produção do saber e sua utilização segundo critérios próprios. E é a esse exercício de liberdade que a ELT tem se dedicado nessas duas décadas de existência.

E sempre útil lembrar que em 1994, apenas quatro anos após sua inauguração, a escola sofreu um duro golpe. Como conseqüência das mudanças municipais decididas nas eleições de 1992, o projeto original foi desfeito. Criou-se em seu lugar uma oficina que durou poucos meses e, ao que parece, não deixou saudades nem qualquer herança significativa, a não ser constrangimento e luto. Mas em 1997 a ELT renasce. Uma Mostra de Teatro de Rua celebra a restituição da escola à cidade. De lá pra cá sua potência criativa só floresceu, irradiando sua prática libertária para além das fronteiras da cidade, fomentando a produção de grupos teatrais que fizeram e fazem história, formando artistas-cidadãos fundamentalmente comprometidos com a ética.

Hoje, a comunidade ELT possui motivos de sobra para festejar a existência desta escola que, em tudo e por tudo, faz a diferença. Estamos e sempre estaremos em alerta na defesa deste projeto que coloca Santo André no mapa das cidades com instituições exemplares na área da formação teatral. É claro que em uma data como a de hoje gostaríamos que a fachada do prédio não estivesse tão descuidada, que a atenção com o material ligado à memória da escola fosse o maior possível, que os figurinos estivessem protegidos do mofo e da umidade , compromissos assumidos, na última sexta-feira, pela Administração. Talvez uma possibilidade para fazer frente a tais dificuldades seja a desburocratização das dinâmicas administrativas internas e a abertura de espaço para a participação da comunidade de Aprendizes, comunidade que há pouco tempo colaborou de forma significativa trazendo material de limpeza, papel higiênico e panos de chão para que a escola pudesse atender as necessidades mínimas de manutenção do espaço. Os vínculos afetivos da comunidade com a ELT são únicos. E quando o afeto serve como ponte entre as partes, tudo pode funcionar melhor.

A comunidade ELT é uma comunidade que nunca perde a fé no ser humano, que sempre acreditou no diálogo e na transformação da realidade. Nossa história comprova isso. Temos à nossa frente um horizonte possível de diálogo produtivo e a certeza do entendimento. A utopia é o nosso alimento, pois sabemos que o homem está em permanente reconstrução. Podemos sonhar e sermos livres de espírito, mas é a luta que nos faz livres na vida. Afinal, como se perguntou o poeta britânico Rudyard Kipling: o que fica de pé se a liberdade for derrubada?

Viva a Escola Livre de Teatro de Santo André!


Comunidade Escola Livre de Teatro de Santo André

28 de junho de 2010

segunda-feira, junho 14, 2010

MOSTRA de Processos ELT - Julho/2010

Processos Compartilhados da ELT Julho

Dia 05 (2ª.)

Às 11h - Ensaio aberto da releitura do espetáculo Nossa Cidade feita pelo Núcleo de Direção, sob orientação de Luiz Fernando Marques. Capacidade: 90 pessoas, por toda a escola.


Dia 07 (4ª.)

Às 10h – Ensaio aberto da releitura do espetáculo Nossa Cidade feita pelo Núcleo de Direção, sob orientação de Luiz Fernando Marques. Capacidade: 90 pessoas, por toda a escola.


Às 21h - Formação 12 - Orientação Mariana Senne, Lúcia Gayotto, Thiago Antunes, Ana Roxo e Cris Gouveia


Dia 08 (5ª.)

Às 14h – Aula aberta. Imagens de Paranapiacaba, a partir de Paranapiacaba, de onde se avista o mar, de Solange Dias. Núcleo de Circo, sob orientação de Marcelo Milan e Juliana Monteiro.

Às 16h - Paranapiacaba. Bate-papo com Solange Dias, autora do texto Paranapiacaba, de onde se avista o mar, encenado pela ELT em 1992. Capacidade: 60 pessoas. Galpão.


Dia 10 (sab.)

Às 15h – Performance: Ciclos de força – a lua. Concepção e atuação de Rosana Ribeiro, aprendiz do Núcleo de Máscara. Música de Marcos Xavier. Corredor do Galpão. Capacidade: 20/30 pessoas.

Às 16h – Por que você fuma tanto, Lily? Inspirado em Tennessee Williams, com o Coletivo Flores Urbanas, formado por Gislaine Nascimento, Lilian Ganzerla e Sabrina Motta (aprendizes da F12). Sala 1. Capacidade: 30 pessoas.

Às 18h – Performance: Ciclos de força – a carne. Concepção e atuação de Rosana Ribeiro, aprendiz do Núcleo de Máscara. Música de Marcos Xavier. Sala aberta. Capacidade: 30 pessoas.

Às 20h – SHOW DE ANIVERSÁRIO. Com a participação de aprendizes de vários núcleos. No repertório do show, uma seleção das músicas que foram compostas para os espetáculos montados na Escola desde os anos 90. Colaboração especial: Gustavo Kurlat. Orientação: Cristiano Gouveia. Capacidade do teatro .


Dia 12 (2ª.)

Às 16h – Navalha na carne, de Plínio Marcos, com Grupo de Ninguém, do qual faz parte Jean Carlo Cunha, aprendiz do Núcleo de Direção. Capacidade: 40 pessoas no palco.

Às 18h30 – Núcleo de Interpretação, sob orientação de Alexandre Tenório. Capacidade do teatro.

Às 20h30 – Formação 13, sob orientação de Antônio Rogério Toscano, Camila Bolaffi, Juliana Monteiro e Cristiano Gouveia.Capacidade do teatro.


Dia 13 (3ª.)

Às 16h – Núcleo de Máscara, sob orientação de Camila Bolaffi. Capacidade do teatro.

Às 17h30 Leitura dramática dos contos de Felipe Valério. Material de pesquisa para a próxima montagem do Coletivo Teatro da Terra, composto pelos ex-aprendizes da formação 11, Aila Rodrigues, Fernando Gimenes, Marcos Reis e Viviane Palandi. Capacidade do teatro.

Às 20h – Bate-papo sobre o dramaturgo e encenador alemão, Bertolt Brecht. Capacidade do teatro.


Dia 14 (4ª.)


Às 15hDe criador à criatura, construção e destruição. Será essa condição? Atuação e música: Rosana Ribeiro e Rogério Amorim. Direção: Antônio Corrêa Neto. Na praça.


Às 16h - Abertura: esquete cômica com Mauro (formação 11). Na praça.


Às 17hO cárcere, de Suzana Aragão, com o Teatro Endoscopia, direção de Flávio Marin (aprendiz dos Núcleos de Direção e de História). Capacidade: 60 pessoas no Palco.


Às 20h30 – Formação 12, sob orientação de Mariana Senne, Lucia Gayotto, Thiago Antunes, Ana Roxo e Cristiano Gouveia.


Dia 15 (5ª.)

Ás 16h – Pisc IN À, criação e atuação: Maria Cecília Mansur (aprendiz da formação 10), direção de Isadora Dias. Capacidade do teatro.

Às 18h30 – Núcleo de Teatro Laboratório (Iniciação), sob orientação de Edgar Castro. Abertura: Tango homenagem, com Andressa Fierrory (aprendiz dos Núcleos de História, Interpretação e Máscara) e Thiago Possi (aprendiz da F9).

Às 20h30 – Formação 14, sob orientação de Verônica Nobili, Pedro Mantovani, Cristina Lozano e Lucia Gayotto.Capacidade do teatro.


Dia 16 (6ª.)

Às 14h – Grupo de Estudos “Meditação para o Teatro”, sob orientação de Alexandre Szolnoky. Galpão ou teatro.

Às 16h - Núcleo de Rua, sob orientação de Ana Roxo e Cristiano Meireles. Na praça.

Às 18h30 – Fórum. Abertura com o exercício As partes, da Formação 14, sob orientação de Verônica Nobili. Capacidade do teatro.

quarta-feira, junho 09, 2010

ABCena


Flyer eletrônico com desconto (imprima)

sábado, junho 05, 2010

A Região do ABC e a ELT no ABCena

ABCENA: MEMÓRIA E INVENÇÃO NO TEATRO DO ABC PAULISTA

Enxergado até o início do século XX como região de passagem; como pólo industrial, entre os anos 30 e 70; e como lugar do conflito capital-trabalho a partir de fins dos anos 1970; o ABC é fortemente marcado por estes referenciais simbólicos calcados na idéia de periferia. No entanto abriga uma vasta teia de produção cultural e formação para as artes cuja visibilidade e reconhecimento esbarram em diversos fatores internos e externos. Numa perspectiva de realçar o seu papel de agente cultural em nível regional e por meio de oficinas, bate-papos, espetáculos e leituras dramáticas, as unidades do SESC Santo André e São Caetano lançam um olhar sobre o teatro criado e levado aos palcos por artistas da região, em um projeto que contempla tanto a produção contemporânea, como o resgate de sua memória nas últimas quatro décadas.

especial

Rainhas

Convidado para abrir o projeto, o espetáculo trás duas importantes artistas da cena teatral brasileira contemporânea que tiveram uma relação estreita com o ABC enquanto mestras da Escola Livre de Teatro de Santo André: Cibele Forjaz e Georgette Fadel. Com dramaturgia adaptada de Maria Stuart, de Schiller, teve como base improvisações das atrizes. A disputa travada entre Elizabeth I da Inglaterra e sua parente, rainha da Escócia é o ponto de partida para a discussão de questões universais e contemporâneas. Canto e a dança são elementos que completam a montagem, além da trilha sonora executada ao vivo por um pianista e da interação com o público. Direção: Cibele Forjaz. Com: Georgette Fadel e Isabel Teixeira. Duração: 90 minutos. Classificação indicativa: 14 anos. No Teatro. Ingressos: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 5,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

Dias 12 de junho, sábado às 20h.

infantil

ESPERANDO GORDÔ

O que dois palhaços fazem enquanto esperam alguém chegar? Inspirada nos personagens de Samuel Beckett, a peça propõe o resgate das brincadeiras simples como estímulo para a imaginação e a platéia torna-se cúmplice de todas as surpresas e confusões vivenciadas em cena. Com a Cia Lona de Retalhos. Direção: Marcelo Gianini. Texto: Carina Prestupa e Thaís Póvoa. Com: Marcelo Gianini, Thaís Povoa, Vinícius Meloni. Duração: 55 minutos. No teatro. Classificação indicativa: livre. Ingressos: R$ 3,00; R$ 2,00 (usuário matriculado, idosos e estudantes com carteirinha). R$ 1,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes).

De 6 de junho a 18 de julho, domingos e feriado às 15h.

especial

À Beira do Palco

O Grupo Regina Pacis, sediado em São Bernardo do Campo, é o coletivo com mais tempo de atividade no ABC, desde 1962. Surgido no auge dos movimentos de teatro amador, tendência em que a região seguiu a capital nos anos 1950 e 1960, montou de lá pra cá mais de setenta espetáculos. Abordando a magia que existe ao se subir num palco, apresenta as dificuldades enfrentadas pelos artistas antes do momento supremo: o aplauso ao final. A performance lança mão de diversos trechos de textos teatrais e literários. Concepção; Hilda Breda. Com Grupo Cênico Regina Paces. Classificação indicativa: livre. Grátis. No Foyer do Teatro.

Dia 15 de junho, terça às 19h30.

Bate-papos

Teatro no ABC: Uma História

Esta mesa reunirá o jornalista e pesquisador José Armando Pereira da Silva e a jornalista e mestranda no programa de mestrado em Comunicação da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Paula Venâncio. Ambos apresentam os recortes de suas pesquisas de perspectiva histórica sobre a produção teatral do ABC. A mediação será de Roberto Barbosa, ator e ex-técnico de programação do SESC SP. Grátis. No Teatro.

Dia 15 de junho, terça às 20h.

Onde Está o Público?

A discussão girará em torno de questões de formação de público, políticas públicas e de viabilidade econômica para o teatro no ABC e na Grande São Paulo. Participam da mesa Antônio Petrin, ator andreense e Chico Cabrera, diretor da Cia Pic Nic de Teatro e ex-presidente da Cooperativa Paulista de Teatro. A mediação será de Teça Magalhães, assitente técnica do SESC SP. Grátis. Na Área de Convicência do SESC São Caetano.

Dia 22 de junho, terça às 20h.

Estéticas e Encenações

Com o intuito de expor as referências artísticas, a pesquisa pessoal de cada participante e o modo como estas esferas se relacionam com o teatro contemporâneo, esta mesa reunirá Ednaldo Freire, diretor da Fraternal Companhia de Artes e Malas Artes – cujo início de carreira se deu em intenso vínculo com a região – e Antônio Rogério Toscano, diretor, dramaturgo e mestre da Escola Livre de Teatro de Santo André, com a mediação de Georgette Fadel, atriz e diretora. Grátis. Na Área de Convivência do SESC São Caetano.

Dia 17 de junho, quinta às 20h.

Formação para o Teatro na Cena Regional

Esta mesa visa ser um momento de compartilhamento de experiências e propostas entre as duas mais longevas e importantes escolas de formação para o teatro da região. A Fundação das Artes de São Caetano do Sul, fundada em 1968 e idealizada pelo ator Milton Andrade; e a Escola Livre de Teatro de Santo André, fundada em 1990 e idealizada na gestão de Celso Frateschi na Secretaria Municipal de Cultura da cidade. A mesa tem a participação de Liana Crocco diretora da Fundação das Artes e Juliana Monteiro, atriz e coordenadora pedagógica da ELT. Grátis. No Teatro.

Dia 24 de junho, quinta às 20h.

palestra

Caminhos da Dramaturgia Contemporânea

Luiz Alberto de Abreu, dramaturgo importante na cena brasileira e morador de Ribeirão Pires, apresenta sua visão sobre as tendências da dramaturgia contemporânea, propondo um diálogo com a sua obra. Grátis. Na Sala de Múltiplo Uso. Vagas Limitadas.

Dia 26 de junho, sábado às 15h.

espetáculos

Nekropolis

Pode um indivíduo mudar o rumo da História, hoje? foi a questão que norteou o processo colaborativo entre os atores da Formação 10 da Escola Livre de Teatro de Santo André, o dramaturgo Roberto Alvim, o diretor geral e musical Gustavo Kurlat, a preparadora corporal Juliana Monteiro e os preparadores de ator Luís Mármora e Mariana Senne, na construção do espetáculo Nekropolis em processo realizado dentro da Escola Livre de Teatro, que se estendeu por todo o ano de 2008 e início de 2009. Uma fictícia célula terrorista brasileira atuante nos nossos dias, a Estirpe, formada por um grupo de excluídos vivendo à margem (como muitos brasileiros) que se dedicam a desenterrar cadáveres e expô-los em locais públicos, trazendo à tona os crimes impunes cometidos por um Estado negligente e por uma sociedade permissiva. Na peça, os integrantes da Estirpe estão sendo julgados em um Tribunal onde o público assume o papel de Júri, sendo colocado a todo o instante para refletir a respeito das contradições políticas e sociais do nosso tempo, através do embate irreconciliável entre Promotoria e Defensoria – um tema atualíssimo e muito pouco tratado no teatro. Dramaturgia: Roberto Alvim. Dramaturgia musical, direção musical e direção geral: Gustavo Kurlat. Com o grupo FO10. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 90 minutos. No Teatro.

Dia 18 de junho, sexta às 21h.

Meu Tio o Iauaretê

A produção da Companhia dos Jovens Atores de Diadema é baseada em conto de Guimarães Rosa. Macuncoso, um caçador de onças enviado por fazendeiros para os confins do sertão com a incumbência de “desonçar” a região. Com o tempo a personagem inicia um processo de rejeição à civilização e identificação com os felinos. Filho de um vaqueiro e de uma índia, o matador de onça vai se expressando na riquíssima linguagem do caboclo tão universalmente captado por Guimarães Rosa. Texto: João Guimarães Rosa. Direção de José Euzébio de Arruda Junior. Com Ademir Antunes, Edson Cardoso, José Faustino. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 60 minutos. No Teatro.

Dia 20 de junho, domingo às 20h.

P.O.R.A.O – Parte Orgânica Referente Ao Ontem

Abordando as questões humanas elementares e apresentando, por meio de suas personagens, as angústias, frustrações, medos e outros sentimentos presentes em qualquer ser humano, o espetáculo da Cia do Porão de São Caetano do Sul.. Um mergulho na dualidade dos sentidos e na desrazão do dia a dia, comum a todos nós, tendo a morte em todas as suas nuances, formas e cores, como ponto de refrência: a solidão que mata, um sonho que morre, o tempo correndo contra ou a favor, o corpo que definha, a morte da liberdade (ou o nascimento dela), os pequenos traumas e as grandes fugas; enfim, a morte como integrante do cardápio diário de nossas vidas. O grupo se formou a partir da Turma 33 de formação profissional da Fundação das Artes. Direção: Celso Correia Lopes. Com Celso Correia Lopes, Gabriel Weng Maravali, Leia Nogueira, Liana Crocco, Marcelo Nascimento, Omar Matsumoto, Renata Vasques, Rodrigo Zappa e Thiago Mazeto. Classificação indicativa: 14 anos. Duração: 75 minutos. No Teatro.

Dia 25 de junho, sexta às 21h.

A Dobra

William é um empresário bem sucedido de quarenta anos, porém, insatisfeito com o posto que ocupa na renomada empresa Dumble Meyére. Por ser metódico ao extremo, ao perder um pé de meia, fica paralisado. Inexplicavelmente há uma dobra no tempo entre os anos de 1985 e 2005, que faz William se encontrar consigo mesmo vinte anos mais jovem. Texto: Esdras Domingos e Renata Moré. Diretor: Esdras Domingos. Com Rogério César e Esdras Domingos. Classificação Indicativa: 12 anos. Duração: 60 minutos. No Teatro.

Dia 26 de junho, sábado às 20h.

Depois de Tudo

Tin Urbinatti propõe uma adaptação que fiz a partir de poemas de Wladimir Mayakoviski, Vinicius de Moraes, Thiago de Melo, Castro Alves, entre outros. A encenação enfoca duas atividades humanas ao longo dos tempos, aparentemente opostas: o trabalho manual e o trabalho intelectual. De um lado o OPERÁRIO, de outro o POETA. O autor, diretor, dramaturgo e pesquisador, dirigiu nos anos 70 o Grupo Forja, ligado ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, e traz na bagagem a pesquisa por um teatro de conscientização social. Direção e interpretação: Tin Urbinatti. Classificação indicativa: 16 nos. Duração: 60 minutos. No Teatro.

Dia 27 de junho, domingo às 20h.

oficinas

Encontros: O Trabalho do Ator – Com Renata Moré

A oficina abordará os conceitos teórico-práticos tomados como refrência pela atriz Renata Moré ao longo de sua trajetória profissional de 18 anos. A partir do olhar da atriz, pretende-se aproximar os participantes do entendimento que Cia. do Nó tem sobre o método de ação física de Stanislawski, passando pela pré-expressividade e os métodos de dilatação do corpo coletados por Eugênio Barba e pelos estilos marginalizados do teatro: a farsa e o melodrama. Na Sala de Múltiplo Uso. Vagas limitadas. Ingressos na bilheteria.

Dias 17 e 24 de junho, quintas, das 15h às 17h.

Direção e Processos Criativos – Com Kleber di Lázzare

O Teatro Dialético de Bertolt Brecht e o Teatro do Oprimido de Augusto Boal, são parceiros diretos no exercício de ampliar o olhar para os conflitos cotidianos de nosso tempo, perseguido nos processos da Cia. Grite de Teatro e de seu Núcleo II de Pesquisa Teatral. Busca desafiar o ator na sua capacidade ou (in) capacidade de sensibilizar-se e assumir um discurso dialético pautado por mazelas cotidianas. A vivência proposta por Kleber Di Lázzare busca compartilhar as experiências acumuladas nesses processos. Na Sala de Múltiplo Uso. Vagas limitadas. Ingressos na bilheteria.

Dias 19 e 20 de junho, sábado e domingo das 15h às 18h.

A Musicalidade do Ator – Com Cris Gouveia

Vivência prática que visa despertar a noção do ator enquanto criador das sonoridades cênicas de um espetáculo. Canto, percussão e instrumentos diversos, são algumas das linguagens exploradas por Cris Gouveia, mestre da Escola Livre de Teatro e participante da criação de espetáculos como Nekropolis. No SESC São Caetano. Vagas limitadas. Ingressos na bilheteria.

Dia 25 de junho, sexta, das 14h às 18h.

O Teatro do Oprimido – Com Armindo Rodrigues Pinto e Jane Vieira

Associando as técnicas do Teatro do Oprimido de Augusto Boal ao Método Laban, e relacionando-os à jogos e exercí­cios práticos, ao uso poético do corpo, este encontro conduzido por Armindo Rodrigues Pinto e Jane Vieira, pretende dar uma amostra da sistematização que o Grupo Revolução Teatral vem construi­ndo. O grupo, formado por jovens de comunidades andreenses, e que é tido como referência internacional na utilização das técnicas de Boal, desenvolve há quatro anos esta experiência que já circulou por vários estados e países, além de ser desenvolvida com jovens participantes do Projeto SE LIGA!, no SESC Santo André. Vagas limitadas. Ingressos na bilheteria.

Dia 27 de junho, domingo das 14h às 17h.

especial

Leitura Dramática: Amada, Mais Conhecida Como Mulher e Também Chamada de Maria, de Evil Rebouças

Texto de Evil Rebouças, também ator e diretor residente na cidade de São Bernardo do Campo. A leitura será feita pela atriz Rosi Campos e por estudantes da Escola Livre de Teatro e da Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Na seqüência, bate-papo com o elenco e o autor. Classificação indicativa: 14 anos. Grátis. No Teatro.

Dia 16 de junho, quarta, às 20h.

Leitura Dramática: Pesadelo, de Tin Urbinatti

Texto de criação coletiva sob a orientação do professor, ator, diretor e dramaturgo Tin Urbinatti, escrito nos anos 1980 por ocasião das atividades do Grupo Forja, ligado ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema. A leitura será conduzida pelo ator Antonio Petrin e por estudantes da Escola Livre de Teatro e da Fundação das Artes de São Caetano do Sul. A peça traça um panorama dos conflitos capital-trabalho típicos da dinâmica social do Grande ABC, no contexto da derrocada do regime militar (1964-1984). Na seqüência, bate-papo com o elenco e o autor. Classificação indicativa: 14 anos. Grátis. No Teatro.

Dia 23 de junho, quarta, às 20h.

Mais informações: http://www.sesc-sp.com/sesc/programa_new/busca.cfm?conjunto_id=7319

AGENDA ABCENA - JUNHO 2010

Espetáculos (SESC Santo André)

No SESC Santo André

No SESC São Caetano

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Domingo

11

12

20h Rainhas TE

21h Recepção – Foyer do Teatro

13

15

19h30 À Beira do Palco / Regina Pacis – Foyer do Teatro

20h Mesa - Teatro no ABC: Uma História – TE

16

20h Leitura Dramática: Amada, Mais Conhecida como Mulher e Também Chamada de Maria, de Evil Rebouças – TE

17

15h – 17h Oficina de Interpretação / Renata Moré – MU

20h Mesa - Estéticas e Encenações – São Caetano AC

18

21h Nekrópolis - TE

19

15h – 18h Oficina Direção e Processos Criativos / Kleber di Lázzare – MU

20

15h – 18h Oficina Direção e Processos Criativos / Kleber di Lázzare – MU

20h Meu tio o Iauaretê TE

22

20h Mesa - Onde Está o Público? –São Caetano - AC

23

20h Leitura Dramática: Pesadelo de Tin Urbinatti– TE

24

15h – 17h Oficina de Interpretação / Renata Moré MU

20h Mesa - Formação para o Teatro na Cena Regional - TE

25

15h – 17h Oficina A Musicaçidade do Ator / Cris Gouveiua – Sala Mercúrio do Sesc São Caetano

21h P.O.R.Ã.O – TE

26

15h – 17h Palestra Dramaturgia / Luiz Alberto de Abreu– MU

20h A Dobra – TE

27

15h às 17h Oficina Teatro do Oprimido / Armando R. Pinto

MU

20h Depois de Tudo - TE



TE - Teatro

AC – Área de Convivência

UM – Sala de Múltiplo Uso